Brasil corre para restabelecer exportações após registro de gripe aviária em aves silvestres; Veja vídeo

O governo brasileiro intensificou as ações para restabelecer o fluxo de comércio internacional após o registro de casos de gripe aviária (H5N1) em aves silvestres no país. Embora os episódios não envolvam a produção comercial, a simples notificação da doença gerou preocupações em mercados internacionais, ameaçando exportações e exigindo resposta rápida por parte do Ministério da Agricultura.

Desde o primeiro caso identificado em 2023, o Brasil permanece livre da gripe aviária em criações comerciais, status essencial para manter acordos sanitários e comerciais com parceiros como China, União Europeia, Japão e Arábia Saudita — grandes compradores de proteína animal brasileira.

Ministério da Agricultura atua para manter credibilidade sanitária

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sob liderança do ministro Carlos Fávaro, intensificou o monitoramento epidemiológico e o diálogo com organismos internacionais como a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Técnicos atuam em articulação com governos estaduais, especialmente em áreas costeiras e regiões de migração de aves silvestres, como o Espírito Santo e o litoral do Sudeste.

Carlos Fávaro destacou que “o Brasil já notificou os casos como manda o protocolo internacional e está agindo com transparência para não comprometer nossa imagem sanitária”.

Comércio impactado, mas com potencial de reversão rápida

Alguns países chegaram a impor restrições temporárias a produtos brasileiros, mesmo sem evidência de contaminação em granjas comerciais. A medida, considerada “desproporcional” por especialistas em comércio exterior, tende a ser revertida com os esclarecimentos fornecidos pelo Brasil.

Em 2022, o país exportou cerca de US$ 10 bilhões em carne de frango, ocupando o posto de maior exportador mundial. Qualquer instabilidade sanitária pode ter impacto direto em empregos, preços internos e equilíbrio da balança comercial.

Brasil mantém status sanitário e monitora situação

Apesar das notificações, o Brasil ainda detém o status de “livre de influenza aviária de alta patogenicidade” em granjas comerciais, conforme critérios internacionais. A atuação rápida na contenção de casos silvestres e na comunicação com países importadores é fundamental para garantir a continuidade das exportações e a segurança do setor avícola nacional.

O governo também reforçou campanhas junto aos produtores para redobrar medidas de biossegurança nas granjas, como restrição ao o de pessoas e veículos, desinfecção rigorosa e isolamento de aves.

Especialistas alertam para risco de pânico e desinformação

Veterinários e sanitaristas afirmam que a gripe aviária, apesar de grave, não representa risco para a carne já processada e inspecionada. O consumo segue seguro, e não há registro de contaminação humana no Brasil. “O maior perigo está na desinformação que pode gerar reações exageradas nos mercados”, disse o especialista em sanidade avícola, Dr. João Teixeira.

O episódio reforça a importância de uma vigilância sanitária eficiente, da transparência internacional e do compromisso com os protocolos globais de notificação de doenças. O Brasil, referência em sanidade animal, aposta em uma resposta coordenada e rápida para manter sua posição de liderança nas exportações de carne de frango.

Perguntas e respostas:

O Brasil está enfrentando um surto de gripe aviária em granjas comerciais?

Não. O Brasil continua livre da gripe aviária (H5N1) em criações comerciais. Os casos registrados envolvem apenas aves silvestres, sem impacto direto na produção de frango e ovos destinada ao consumo humano.

A carne de frango brasileira continua segura para consumo?

Sim. As autoridades sanitárias garantem que não há risco no consumo de carne de frango ou ovos produzidos no Brasil. Os produtos am por rigorosa inspeção sanitária e seguem os padrões internacionais de segurança alimentar.

Por que alguns países restringiram as importações do Brasil?

Alguns países impam restrições temporárias por precaução, mesmo sabendo que os casos ocorreram apenas em aves silvestres. O Ministério da Agricultura já iniciou negociações para reverter essas medidas, reforçando que o status sanitário do Brasil permanece inalterado para produção comercial.

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