Embora esteja inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou, mais uma vez, sua intenção de continuar como candidato à Presidência da República. De acordo com ele, sua “morte política” só ocorrerá quando for declarada de forma definitiva. Ele defendeu, ainda, que não cometeu erros nos episódios que resultaram na sua inelegibilidade, como a reunião com embaixadores em que criticou as urnas eletrônicas e sua participação nas manifestações do 7 de Setembro de 2022.
Dessa forma, Bolsonaro desafiou as acusações ao declarar: “Se sou tão mal assim, deixem que eu dispute para perder. Ou será que estão com medo da minha candidatura?”. Assim, o ex-presidente mantém um discurso firme contra as decisões que o afastaram das eleições.
Estratégias no Judiciário e no Congresso
Ademais, Bolsonaro acredita que poderá reverter sua inelegibilidade. Para isso, aposta tanto em recursos judiciais quanto em articulações políticas no Congresso Nacional. Além disso, ele argumenta que o fortalecimento da direita em países como Argentina e Estados Unidos cria um ambiente favorável para a retomada de sua participação política no Brasil. Por outro lado, especialistas consideram que as chances de sucesso dependerão da força de seus aliados no Legislativo.
Apoio internacional como ferramenta estratégica
Além do cenário interno, Bolsonaro investe em sua conexão com o cenário internacional. Nesse sentido, ele deposita esperanças no recém-eleito Donald Trump, nos Estados Unidos. Conforme Bolsonaro, Trump tem interesse em fortalecer os valores de liberdade de expressão na América do Sul e, sobretudo, em evitar o avanço da esquerda na região. “Ele sabe da nossa importância estratégica”, afirmou o ex-presidente, sinalizando que Trump poderia “investir” politicamente no Brasil.
Contudo, Bolsonaro itiu que não possui “total liberdade” para conversar diretamente com Trump. Apesar disso, seu filho, Eduardo Bolsonaro, tem liderado os contatos com os assessores do presidente norte-americano, reforçando as pontes entre os dois políticos. Assim, Bolsonaro tenta manter o diálogo ativo com um dos líderes mais influentes da direita mundial.
Desafios e incertezas para o futuro
No entanto, analistas alertam que o apoio de líderes internacionais, como Trump, pode enfrentar resistência no Brasil e no exterior. Ainda assim, Bolsonaro segue mobilizando sua base e construindo estratégias para se manter relevante no cenário político. Dessa forma, mesmo inelegível, ele reforça sua posição como principal figura de oposição ao governo Lula.
Continuidade da articulação política
Em resumo, apesar das restrições legais, Bolsonaro continua articulando sua presença na política brasileira. Seja através de recursos judiciais, articulações no Congresso ou apoio internacional, ele aposta em diversas frentes para garantir sua relevância. Entretanto, o cenário político segue repleto de desafios, o que exige do ex-presidente resiliência e estratégias cada vez mais sofisticadas.
Perguntas frequentes
Sim, mas isso depende de decisões judiciais ou de mudanças promovidas pelo Congresso Nacional. Bolsonaro acredita que pode reverter sua inelegibilidade por meio de recursos legais ou articulações políticas. Ele também menciona o fortalecimento da direita em âmbito global, como nos Estados Unidos e na Argentina, como um fator que pode influenciar seu retorno à política.
Bolsonaro aposta em Donald Trump como um aliado estratégico para fortalecer sua posição política no Brasil. Segundo ele, Trump tem interesse em frear o avanço da esquerda na América do Sul. Apesar de não ter contato direto com o ex-presidente americano, Bolsonaro confia nas conversas conduzidas por seu filho, Eduardo Bolsonaro, que mantém proximidade com o círculo de Trump.
Bolsonaro argumenta que não cometeu erros nos episódios que resultaram em sua inelegibilidade, como as críticas às urnas eletrônicas e sua participação no 7 de Setembro de 2022. Ele questiona: “Se sou tão mal assim, por que não me deixam disputar para perder?”. Para o ex-presidente, a decisão judicial reflete, segundo ele, “medo de sua candidatura” por parte dos adversários políticos.