Bolsonaro pede que o Senado limite ações de Alexandre de Moraes durante ato de 7 de Setembro

Bolsonaro pede que o Senado limite ações de Alexandre de Moraes durante ato de 7 de Setembro

Durante o ato político de 7 de setembro na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso em que solicitou que o Senado “freasse” as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A manifestação, que reuniu milhares de apoiadores, foi marcada pela defesa de Bolsonaro em favor de uma anistia aos presos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro, argumentando que essa seria a única maneira de pacificar o Brasil.

Críticas moderadas ao STF e defesa da pacificação

Apesar de ter adotado anteriormente uma postura mais agressiva contra o STF, Bolsonaro, durante esse ato, optou por um tom mais moderado. Ainda assim, ele manteve críticas diretas a Alexandre de Moraes, afirmando que o Senado precisa agir para conter o que ele considerou como excessos do ministro. Além disso, o ex-presidente pediu anistia para os envolvidos nos ataques de janeiro, reforçando que tal medida seria essencial para trazer paz e unidade ao país.

Ao abordar a questão de um possível golpe, Bolsonaro afirmou que “golpe é tanque na rua” e negou seu envolvimento em qualquer tentativa de subverter a ordem democrática. Ele minimizou a importância de uma minuta que previa um decreto de estado de defesa, argumentando que tal documento não configurava uma ação golpista, mas sim algo dentro da legalidade.

Aliados e segurança reforçada

Ao longo do evento, Bolsonaro esteve cercado de aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pastor Silas Malafaia também esteve ao seu lado. Bolsonaro, que discursou usando um colete à prova de balas e protegido por seguranças com escudos, atraiu uma multidão que, segundo estimativas da Secretaria de Segurança Pública, chegou a 750 mil pessoas.

Bolsonaro em meio a investigações

Apesar de sua inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, Bolsonaro continua a mobilizar sua base de apoiadores. Ele enfrenta diversas investigações, incluindo o inquérito das milícias digitais, conduzido por Alexandre de Moraes. Bolsonaro é investigado por possíveis crimes relacionados a tentativa de golpe de Estado e à falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.

Apesar das investigações em andamento, Bolsonaro continua a exercer forte influência no cenário político. Sua participação no ato de 7 de setembro, por sua vez, reforça ainda mais sua posição como líder entre seus apoiadores. Além disso, o evento demonstrou sua capacidade de mobilizar uma grande base, mesmo fora do cargo. Dessa maneira, Bolsonaro indica que pretende continuar ativo na política, apesar dos desafios legais que enfrenta, como as investigações sobre tentativas de golpe de Estado e a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.

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