Jair Bolsonaro (PL) reuniu milhares de apoiadores, políticos e líderes religiosos na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16). O evento, marcado por discursos inflamados e manifestações de apoio ao ex-presidente, teve como principal pauta a defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. Além disso, a mobilização ocorreu em um momento de grande expectativa, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avança na denúncia contra Bolsonaro e seus aliados por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro discursa e critica prisões
Logo pela manhã, Bolsonaro chegou ao local e, por volta das 11h40, subiu ao trio elétrico para discursar. Durante sua fala, ele demonstrou forte emoção ao abordar o caso dos presos pelos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, o Brasil vive um período de perseguição política, algo que, na sua visão, era inimaginável até poucos anos atrás. Além disso, ele citou nominalmente algumas mulheres que continuam presas e reforçou a necessidade de anistia para aqueles que foram condenados.
Ao longo do evento, diversas lideranças políticas e religiosas usaram o microfone para defender Bolsonaro e criticar as decisões judiciais recentes. Entre os nomes mais conhecidos que discursaram estavam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o deputado federal Nikolas Ferreira e o pastor Silas Malafaia.
Lideranças políticas reforçam apoio ao ex-presidente
Além dos discursos em defesa da anistia, o evento serviu como uma demonstração de força da base bolsonarista. Governadores, senadores e deputados compareceram para reafirmar o apoio ao ex-presidente e fortalecer o movimento conservador no Brasil. Dentre os governadores presentes, destacaram-se Cláudio Castro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT). No Senado, políticos como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Rogério Marinho (PL-RN) marcaram presença, enquanto na Câmara Federal, deputados como Eduardo Pazuello e João Roma engrossaram o coro bolsonarista.
Além da forte presença política, o evento também contou com figuras influentes do meio evangélico. O pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados de Bolsonaro entre os religiosos, subiu ao trio elétrico e fez um discurso veemente, no qual reiterou seu apoio ao ex-presidente e criticou o que chamou de perseguição política contra conservadores no Brasil.
Ato acontece em meio a condenações e investigações
Enquanto Bolsonaro e seus apoiadores se reuniam em Copacabana, o Supremo Tribunal Federal (STF) continuava a julgar e condenar envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Apenas na última semana, a Corte sentenciou mais 63 pessoas, elevando o número total de condenados para 480. Esse avanço nas condenações intensificou os pedidos de anistia entre os apoiadores do ex-presidente, tornando a manifestação ainda mais simbólica.
Além das decisões do STF, a PGR segue analisando a denúncia contra Bolsonaro e seu círculo próximo. Caso a investigação avance, o ex-presidente pode enfrentar novos desafios políticos e jurídicos nos próximos meses. Diante desse cenário, o evento de Copacabana representou não apenas um ato de protesto, mas também uma tentativa de mobilização para pressionar as instituições e manter a base de apoio ativa.
Perguntas frequentes
O evento teve como pauta central a defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro e a demonstração de apoio a Jair Bolsonaro.
Governadores, senadores, deputados e líderes religiosos marcaram presença, incluindo Tarcísio de Freitas, Nikolas Ferreira e o pastor Silas Malafaia.
O Supremo Tribunal Federal continua julgando e condenando os envolvidos, e na última semana, mais 63 pessoas foram sentenciadas, totalizando 480 condenados.