Armas de gel são banidas da comunidade por traficantes; veja vídeo

armas

Traficantes do Complexo da Serrinha, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, decidiram proibir o uso das populares armas de brinquedo que disparam bolinhas de gel, conhecidas como “gel blasters”. Eles estabeleceram que qualquer pessoa flagrada com esses brinquedos deve se explicar diretamente aos líderes do tráfico local.

As “gel blasters” conquistaram a preferência de jovens em diversas comunidades cariocas. Esses brinquedos, inspirados em jogos como Call of Duty e Fortnite, permitem simular combates e tornam as brincadeiras mais realistas. Entretanto, a popularidade dessas armas de brinquedo também levantou preocupações entre os moradores e autoridades, que temem que as “gel blasters” sejam confundidas com armas reais em situações de risco. Essa semelhança cria um ambiente ainda mais perigoso, especialmente em áreas já marcadas por conflitos armados.

Quais os motivos por trás da proibição?

Os traficantes do Complexo da Serrinha alegam que proíbem as “gel blasters” para evitar confusões que possam comprometer a segurança da comunidade. Eles acreditam que esses brinquedos poderiam ser facilmente confundidos com armas de fogo verdadeiras, o que poderia provocar confrontos indesejados, seja com a polícia ou com facções rivais. Assim, ao controlar o uso desses brinquedos, eles também reforçam seu domínio sobre as normas e o comportamento local.

As autoridades fluminenses também tomaram medidas para regularizar a situação. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma emenda que proíbe a fabricação, venda, transporte e distribuição de brinquedos e réplicas de armas, incluindo as “gel blasters”. Parlamentares destacam que esses brinquedos podem influenciar comportamentos violentos entre jovens. Por outro lado, os traficantes reforçam seu controle social sobre a comunidade ao proibir as armas de gel, decidindo diretamente o que os moradores podem ou não usar.

Como isso impacta na segurança local?

A proibição das armas de gel demonstra como objetos aparentemente inofensivos podem gerar repercussões complexas em contextos de alta vulnerabilidade social. Essa ação reforça o poder dos traficantes sobre a comunidade e, ao mesmo tempo, expõe a fragilidade do Estado na implementação de políticas públicas nesses territórios. Resta saber como as proibições — tanto a do tráfico quanto a do governo — afetarão a segurança local e a convivência nas áreas controladas por facções.

Por que os traficantes proíbem armas de brinquedo como as “gel blasters”?
Eles buscam evitar confusões com armas reais, o que poderia gerar conflitos ou ações policiais na comunidade.

As autoridades também proíbem as “gel blasters”?
Sim, a Alerj aprovou uma lei que impede a fabricação e comercialização desses brinquedos no Rio de Janeiro.

Quais os riscos de usar armas de brinquedo em comunidades como a Serrinha?
Esses brinquedos frequentemente levam pessoas a confundi-los com armas reais, o que intensifica o risco de policiais realizarem abordagens ou de ocorrerem confrontos armados.

Veja também
Recentes