Uma perseguição da Polícia Militar terminou em um acidente grave no sábado (29), em São Sebastião do Pontal, distrito de Carneirinho, no Triângulo Mineiro. Durante a fuga, uma viatura atingiu uma motocicleta conduzida por um adolescente de 16 anos, que transportava a tia, de 33. O impacto jogou os dois ao chão e causou ferimentos sérios. Câmeras de segurança registraram toda a cena, gerando questionamentos sobre a atuação dos policiais envolvidos.
Fuga termina em colisão brutal registrada por câmeras
De acordo com as imagens de segurança, a moto seguia pela avenida quando a viatura surgiu em alta velocidade e colidiu na traseira do veículo. Conforme informou a própria PM, a perseguição começou após o jovem ignorar uma blitz. Segundo os militares, ele fugiu porque não possuía habilitação e a moto estava com a documentação irregular.
Como resultado da colisão, o adolescente sofreu uma fratura exposta na perna, além de quebrar o braço. Sua tia também teve um dos braços fraturados. Em seguida, uma ambulância os levou para o Hospital Municipal de Carneirinho.
Falta de resposta da PM levanta dúvidas sobre abordagem
Apesar da gravidade do caso, a Polícia Militar não se pronunciou oficialmente sobre a conduta dos agentes. Enquanto isso, cresce a pressão por explicações. Especialistas em segurança pública alertam que, ainda que o condutor tenha desrespeitado a ordem de parada, a resposta da polícia deve seguir critérios de proporcionalidade e respeito à vida.
Além disso, protocolos operacionais proíbem manobras que coloquem em risco terceiros — o que parece ter ocorrido neste episódio. Dessa forma, o silêncio da corporação reforça a necessidade de apuração rigorosa.
Casos como esse se repetem e expõem falhas estruturais
Esse tipo de ocorrência não é isolado. Ao longo dos últimos cinco anos, pelo menos 37 pessoas ficaram feridas em perseguições policiais no interior mineiro, conforme cruzamentos de registros públicos com dados da Ouvidoria da PM. Por esse motivo, especialistas defendem mudanças urgentes nos treinamentos e nos critérios de abordagem, especialmente em regiões onde o aparato policial costuma ser mais direto e menos técnico.
Portanto, a repetição desses casos mostra um padrão preocupante, que precisa ser enfrentado com medidas preventivas, e não apenas com respostas após o dano estar feito.
Perguntas frequentes
A legislação permite perseguições, mas exige que os atos sejam proporcionais e seguros.
Sim. A corporação pode sofrer investigação istrativa e o Estado pode ser processado civilmente.
As vítimas podem buscar reparação judicial por danos físicos, morais e materiais.
