Apoiadores removeram a estátua de Chaim Weizmann na Universidade de Manchester. Veja vídeo:

Nesta semana, ativistas da organização Pal_Action tomaram a iniciativa de remover a estátua de Chaim Weizmann da Universidade de Manchester. Com essa ação, eles buscaram destacar a crescente controvérsia em torno de figuras históricas ligadas a processos de colonização e seus impactos nos dias de hoje.

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O papel de Weizmann na declaração de Balfour

Chaim Weizmann, conhecido por sua liderança no movimento sionista durante a primeira metade do século XX, desempenhou um papel fundamental na articulação da Declaração de Balfour, emitida em 2 de novembro de 1917. Essa declaração, que prometia um “lar nacional” na Palestina, marcou o início de um período de conflitos e deslocamentos que afetaram milhões de palestinos. Portanto, para os ativistas, a estátua de Weizmann simboliza uma narrativa de colonização que, de certa forma, perpetua injustiças.

Divergências sobre a remoção de monumentos históricos

Por outro lado, especialistas em memória pública apontam que ações como a remoção de monumentos buscam repensar a maneira como a história é contada e celebrada. No entanto, críticos dessas ações argumentam que a retirada de estátuas acaba reescrevendo a história de forma seletiva e parcial. Por outro lado, defensores dessa prática acreditam que a remoção oferece uma oportunidade para dar voz a grupos historicamente marginalizados, além de expor os impactos negativos dessas figuras em contextos atuais.

Nova análise sobre o legado de Weizmann

Weizmann, ao lutar por um “lar nacional” judaico na Palestina, declarou que desejava que “a Palestina fosse judaica como a Inglaterra é inglesa e a América é americana”. Assim, críticos utilizam essa frase para ilustrar sua visão considerada supremacista e destacar os motivos pelos quais muitos questionam as homenagens a ele dedicadas.

Universidade se mantém em silêncio sobre o ocorrido

A remoção da estátua, portanto, reacendeu discussões sobre memória, justiça histórica e o papel das universidades como espaços de debate e reflexão. Até o momento, a Universidade de Manchester ainda não emitiu uma declaração oficial sobre o ocorrido. Com isso, a questão permanece em aberto e potencialmente explosiva para futuras discussões e reflexões.

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