A trajetória de Alexsandro Ribeiro, de 25 anos, parece roteiro de filme. O zagueiro revelado na base do Flamengo, que atuou ao lado de Vini Jr., viveu uma infância marcada por privações, trabalho com a mãe no lixão de Jardim Gramacho e superação. Agora, ele celebra a primeira convocação para a Seleção Brasileira, feita pelo técnico Carlo Ancelotti, para os jogos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
🎥 La réaction, la joie et les larmes d'Alexsandro et sa famille après sa première convocation avec le Brésil ♥️pic.twitter.com/eVQcTxsA68
— Le Petit Lillois ⚜️ (@LePetitLillois) May 26, 2025
A convocação representa a realização de um sonho e o reconhecimento de anos de esforço. Alexsandro, que hoje é titular do Lille, da França, comemorou com a família e agradeceu a todos que o apoiaram.
– Momento de alegria ser convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. Estou muito feliz. Aqui em casa, com a minha família, estávamos todos muito ansiosos para esse momento. Vim trabalhando muito para isso. Graças a Deus, hoje pude ser honrado com essa convocação. Estou muito feliz. Obrigado a todos que me apoiaram, a todos que me ajudaram – disse o zagueiro ao ge.
Do lixão à Champions League
Natural de Duque de Caxias (RJ), Alexsandro cresceu na comunidade do Dique II. A “Rampa”, área conhecida do lixão de Jardim Gramacho, fez parte da sua história. Ali, sua mãe vendia objetos recicláveis para sustentar os filhos, e foi nesse cenário que o jogador buscou forças para seguir adiante.
- Sempre me reergui pensando na minha família. A situação que a gente estava era muito precária, e eu queria tirar dessa situação. Mesmo que aquilo me entristecesse, me desanimasse, quando eu abria a geladeira e não tinha nada para comer, abrindo o armário e não tinha um biscoito… aquela situação que era negativa, eu transformava em positiva para me reerguer. Foi a falta de tudo, do básico, dentro da minha casa que eu fiz como se fosse positiva. Eu menti para mim mesmo. Eu sabia que as coisas poderiam não acontecer, mas eu voltei a acreditar e fiz acontecer. Eu desisti, mas com as dificuldades que ei dentro de casa, eu tornei isso a minha força.
Após deixar a base do Flamengo, ele ou um longo período sem clube até surgir uma oportunidade na terceira divisão de Portugal. Lá, iniciou sua escalada até chegar ao Lille, onde se firmou como titular e já disputou Champions League, inclusive com atuações marcantes.
Reencontro emocionante com Vini Jr. na Champions
Em outubro de 2024, Alexsandro viveu um momento especial. Antes da vitória do Lille sobre o Real Madrid, reencontrou Vini Jr., com quem havia jogado nas categorias de base do Flamengo.
- Quando estava no túnel para entrar em campo, do nada o Vini veio e me deu um abraço. Falou: “Estou feliz por te ver aqui, irmão. Depois do jogo a gente conversa”. Aquilo encheu meu coração de alegria e motivou ainda mais dentro de campo, o que foi um pouco ruim para ele. Aquilo me inspirou de uma forma muito grande.
- A gente ficou 10 anos sem se ver, sem se falar. Ele lembrou daquele tempo que a gente estudava em Vargem Grande, do tempo que a gente jogava junto, e aquilo foi muito positivo. Ficamos resenhando o tempo todo (depois do jogo) falando da época de escola, da época de Flamengo. Ele falou o quanto eu evoluí, o quanto eu cresci, que estava feliz. Eu também estava feliz por ver ele. Eu o vi com 14, 15 anos… Depois de 10 anos, vi dessa forma, disputando Bola de Ouro. Fico feliz por ele. Ele vem de uma situação difícil, em São Gonçalo, onde ele morava. Eu lembro do primeiro jogo dele, contra o Atlético-MG, e aquilo me motivou a avançar. Sem ele saber, ele motiva muitas pessoas. É um moleque de ouro – elogia Alex.
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Perguntas frequentes
Ele jogou na base do Flamengo e depois ou pela terceira divisão de Portugal.
Foi emocionante. Vini o reconheceu no túnel da Champions, abraçou o zagueiro e relembrou os velhos tempos.
Ele tem contrato até 2028 e é considerado peça fundamental do elenco francês.