Nessa sexta-feira (11), uma ação de fiscalização da Prefeitura de São Paulo terminou com a morte de um ambulante senegalês de 34 anos. O homem foi baleado abaixo do abdômen durante um confronto com fiscais que tentavam apreender mercadorias no centro da cidade. Embora tenha sido socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia, ele não resistiu aos ferimentos. O caso provocou forte comoção e reacendeu o debate sobre violência institucional, racismo e informalidade.
Abordagem violenta encerra vida de trabalhador informal
De acordo com testemunhas, a operação dos fiscais começou com a tentativa de recolher os produtos dos ambulantes. No entanto, ao reagir para proteger suas mercadorias, o senegalês foi alvejado por um agente. Vídeos registrados por populares mostram o momento da confusão e apontam o uso desproporcional da força. Assim, o episódio não apenas interrompeu uma vida, mas também escancarou a tensão constante entre trabalhadores informais e o poder público.
Protestos se intensificam e são reprimidos com gás
Logo após a confirmação da morte, familiares, amigos e ativistas organizaram um protesto nas proximidades do local. A manifestação, embora pacífica no início, acabou sendo reprimida pela Polícia Militar com bombas de gás lacrimogêneo. Como resultado, o ato ganhou mais repercussão e alimentou a indignação de grupos que denunciam a violência direcionada a imigrantes e negros nas ruas de São Paulo. Ademais, o uso da força por parte da polícia gerou críticas de entidades de direitos humanos.
Autoridades afastam agente e anunciam investigação
Em resposta à pressão social, a Secretaria de Segurança Pública afastou o agente envolvido e informou que abriu um inquérito para apurar os fatos. Além disso, o caso será conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), como morte decorrente de intervenção policial. As autoridades também apreenderam a arma utilizada e uma barra de ferro encontrada na cena. Apesar da iniciativa, setores da sociedade civil exigem mais transparência e responsabilização.
Perguntas frequentes
Na prática, a repressão predomina quando não há preparo para lidar com a diversidade.
Eles mostram uma abordagem violenta e levantam dúvidas sobre a versão oficial.
A criação de protocolos humanizados e fiscalização com câmeras corporais pode ser um começo.