Na última semana, um homem em situação de rua invadiu uma escola estadual localizada na zona norte de São Paulo. De forma inesperada, ele escalou o telhado do prédio, entrou na caixa d’água e tomou banho por cerca de dois minutos. Em seguida, ele escapou rapidamente, se pendurando em uma árvore, antes que alguém pudesse detê-lo.
Diante do ocorrido, a direção agiu imediatamente. A escola suspendeu o uso da água, esvaziou o reservatório e iniciou o processo de higienização. Ao mesmo tempo, pais e alunos aram a relatar sintomas como náusea, dor abdominal e diarreia. Conforme relatos, diversos estudantes utilizaram os bebedouros logo após a invasão, o que levantou suspeitas de contaminação. A Vigilância Sanitária, então, recomendou o bloqueio completo do sistema de abastecimento interno.
Falta de vigilância expõe fragilidade estrutural
Enquanto o incidente gerou comoção, ele também escancarou um problema recorrente: a falta de segurança nas escolas públicas. No momento da invasão, não havia nenhum profissional de vigilância atuando na unidade. Além disso, relatos de funcionários revelaram que o local já sofria com episódios de vandalismo e tentativas de invasão anteriores.
De acordo com o movimento Todos Pela Educação, mais de 30% das escolas públicas brasileiras funcionam sem segurança patrimonial adequada. Esse dado reforça a necessidade urgente de repensar os protocolos de proteção, sobretudo em instituições com grande circulação de crianças e adolescentes.
Água contaminada representa risco imediato à saúde
Por mais breve que tenha sido, o contato do homem com a água armazenada foi suficiente para gerar preocupação sanitária. Conforme orientações da Anvisa, qualquer exposição direta ao conteúdo de caixas d’água pode transformar a água em um agente transmissor de doenças. Como consequência, os sintomas relatados entre os alunos incluem febre, vômitos e episódios de mal-estar.
Além disso, especialistas alertam que, quando não tratada corretamente, a água contaminada pode levar a surtos de giardíase, hepatite A e infecções intestinais. Por isso, medidas como a limpeza do reservatório e a suspensão do consumo precisam ocorrer imediatamente após qualquer violação do sistema hídrico escolar.
Perguntas frequentes
A falta de investimento público e priorização da segurança escolar ainda são barreiras frequentes.
A ausência de fiscalização e manutenção preventiva favorece estruturas expostas e íveis.
Pais e responsáveis podem participar dos conselhos escolares e cobrar transparência nas inspeções sanitárias.