Alunos de universidade ofendem estudantes com falas ofensivas durante jogos. Veja vídeo:

Durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais, em Americana, São Paulo, no último sábado (16/11), estudantes da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) insultaram alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Eles gritaram termos como“cotistas” e “pobres”. Como resultado, o episódio gerou ampla repercussão nas redes sociais, destacando-se rapidamente entre os assuntos mais comentados.

Por conseguinte, vídeos que registraram as ofensas viralizaram, causando indignação pública. Nesse contexto, a organização dos Jogos Jurídicos Estaduais (JJE) repudiou as atitudes, enfatizando que ações como essas violam os princípios de respeito, igualdade e dignidade que os jogos buscam promover.

Organização dos jogos jurídicos toma medidas rigorosas

Como resposta ao ocorrido, as associações atléticas decidiram proibir a torcida da PUC-SP de participar dos jogos restantes da edição de 2024. Além disso, a organização tomou a iniciativa de iniciar ações legais com o objetivo de identificar os responsáveis pelas ofensas cometidas durante o evento. Consequentemente, essas medidas buscam garantir que os autores das ofensas enfrentem responsabilização adequada, conforme estipulado pela legislação vigente. Dessa forma, a organização pretende assegurar que os atos discriminatórios sejam investigados de maneira rigorosa e, posteriormente, punidos conforme as exigências legais. Ao mesmo tempo, o comunicado oficial destacou que a identificação e punição dos envolvidos reforçam o compromisso com o combate a atitudes discriminatórias. Por fim, essas ações visam não apenas à justiça, mas também à promoção de um ambiente mais respeitoso e inclusivo nos eventos futuros.

Centros acadêmicos denunciam e repudiam as ofensas

Em paralelo, o Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os estudantes de Direito da USP, classificou os insultos como “criminosos” e destacou que essas atitudes representam violência simbólica contra toda a comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, o Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC-SP, repudiou as declarações racistas e classistas, reforçando que solicitará à universidade a expulsão dos envolvidos no caso.

PUC-SP investiga o caso e promove inclusão

Por outro lado, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos, seguindo as normas internas e legais. Nesse sentido, a instituição reafirmou que manifestações discriminatórias são proibidas por seu Estatuto e Regimento, além de serem totalmente incompatíveis com seus valores institucionais. Adicionalmente, a universidade destacou seu compromisso com a inclusão social por meio de iniciativas como bolsas de estudo, Prouni e Fies, demonstrando o esforço contínuo para ampliar a diversidade em seus quadros.

Episódio reacende debate sobre preconceito nas universidades

Sob essa perspectiva, o caso reacendeu debates sobre preconceito e discriminação em ambientes acadêmicos, especialmente em relação às políticas de inclusão social e racial. Nesse aspecto, especialistas e entidades alertaram para a necessidade de reforçar ações educativas que conscientizem os estudantes sobre a importância de combater atitudes preconceituosas.

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