Uma professora de uma escola municipal na zona leste de São Paulo agrediu um aluno autista de 7 anos, gerando indignação e questionamentos sobre a inclusão escolar. Embora o caso tenha ocorrido em agosto, a denúncia só foi revelada recentemente, após a mãe do menino, Beatriz Aparecida da Silva, conseguir as imagens de segurança. Conforme mostram os vídeos, a professora empurra o garoto, segura seus braços com força e, em outro momento, toma uma cadeira que ele segurava e o empurra novamente.
Aluno autist4 de 7 anos é agr3d1d0 por professor4 em sala de aula. pic.twitter.com/8aoDRUDbme
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 26, 2024
Consequências físicas e emocionais alarmam a família
A criança ficou visivelmente machucada, com cortes na boca, arranhões e o pulso roxo. Segundo Beatriz, o filho entrou em crise ao se recusar a fazer uma prova, o que teria provocado a reação da professora. Além disso, a criança possui Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), uma condição que pode intensificar comportamentos desafiadores, especialmente em situações de estresse. “Ela usou força e deixou marcas. Isso não deveria acontecer com ninguém, muito menos com uma criança que precisa de acolhimento”, desabafou a mãe.
Especialistas criticam abordagem e defendem acolhimento
A psicanalista Cintia Castro ressaltou que o uso de força física para lidar com crises é inaceitável. “Nessas situações, o ideal é retirar a criança do ambiente de conflito e buscar acalmá-la. Qualquer ação que envolva força física pode agravar o comportamento e gerar traumas”, afirmou. Dessa forma, especialistas reforçam a importância de estratégias de intervenção que respeitem as necessidades das crianças.
Omissão da auxiliar gera mais indignação
Além da professora, a auxiliar de sala também está sob críticas por não intervir durante a agressão. Beatriz relatou que a funcionária presenciou todo o ocorrido sem oferecer ajuda ou tentar impedir a situação. “Ela não fez nada enquanto meu filho sofria”, declarou a mãe.
Investigação e afastamento
A Diretoria Regional de Ensino e a Secretaria Municipal de Educação afastaram a professora enquanto o caso é investigado. Contudo, Beatriz precisou recorrer às autoridades para ter o às imagens, evidenciando outro obstáculo na busca por justiça.
Educação inclusiva: um desafio urgente
Esse caso reacendeu o debate sobre a capacitação de educadores para lidar com crianças com necessidades especiais. Mais do que nunca, especialistas e pais defendem a necessidade de investir em formação contínua e e especializado. Afinal, garantir um ambiente seguro e acolhedor é essencial para o desenvolvimento de todas as crianças.
Por fim, o incidente destaca como a falta de preparo pode comprometer os direitos e o bem-estar dos alunos, reforçando a urgência de políticas públicas eficazes para promover a verdadeira inclusão escolar.