A tranquilidade de um fim de semana nas águas de Mato Grosso se transforma em tragédia em questão de segundos. Em 2024, os afogamentos mataram 127 pessoas no estado, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Assim, Cuiabá lidera as estatísticas com 19 mortes, seguida por Várzea Grande (15) e Sorriso (7).
Correntezas silenciosas surpreendem banhistas desprevenidos
Os rios, lagos e cachoeiras de Mato Grosso apresentam riscos que am despercebidos aos olhos da maioria dos visitantes. Correntezas fortes, buracos profundos e mudanças abruptas de nível surpreendem muitos banhistas. Mesmo em locais aparentemente seguros, valas e redemoinhos prendem quem entra na água sem preparo. Logo, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) afirma que os afogamentos em rios ocorrem, na maioria das vezes, quando as pessoas ignoram os riscos, confiam demais em suas habilidades de natação e consomem bebidas alcoólicas.
Famílias podem evitar tragédias com atitudes simples
Ao adotar medidas preventivas, banhistas reduzem drasticamente os riscos de afogamento. Antes de entrar na água, as pessoas devem observar a profundidade, o tipo de corrente e buscar informações com moradores locais. A recomendação aponta que todos devem nadar acompanhados, já que um parceiro pode ajudar em caso de emergência. Pais e responsáveis precisam manter vigilância constante sobre as crianças, mesmo quando elas usam boias ou estão em áreas rasas. Coletes salva-vidas oferecem mais segurança do que boias infláveis e funcionam como equipamentos essenciais em embarcações e rios com correnteza. Quem consome bebidas alcoólicas antes de nadar aumenta o risco de acidente, pois o álcool afeta o reflexo, o equilíbrio e o julgamento.
Comunidades precisam investir em sinalização e prevenção
As autoridades locais lançaram campanhas de conscientização sobre os riscos nos rios e lagos. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso reforça as ações educativas e orienta os visitantes sobre práticas seguras. Moradores e comerciantes colaboram com sinalizações visíveis em áreas perigosas e incentivam o uso de equipamentos de segurança. Além disso, a presença de guarda-vidas em locais movimentados salva vidas e evita tragédias.
Perguntas frequentes
- Por que os rios representam tanto perigo?
Os rios apresentam correntezas imprevisíveis, buracos escondidos e redemoinhos, que surpreendem até nadadores experientes. - As boias oferecem segurança para crianças?
As boias não garantem proteção total. Elas podem virar, furar ou soltar-se. Os especialistas recomendam coletes salva-vidas. - Quem mergulha de cabeça corre riscos?
Sim. Quando a pessoa não conhece a profundidade ou a existência de pedras, ela pode sofrer lesões graves ou até morrer.