O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou na noite desta sexta-feira (3) que publicará um decreto para oficializar a crise financeira extrema no município. Ele tomou a decisão após avaliação com sua equipe financeira, apontando a falta de recursos como resultado da gestão anterior, liderada por Emanuel Pinheiro (MDB).
Abilio decreta estado de calamidade financeira em Cuiabá devido à crise herdada; veja vídeo
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) January 4, 2025
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Motivações para o decreto
Durante coletiva de imprensa, Abilio destacou a gravidade da situação financeira. Segundo ele, a prefeitura não consegue pagar a folha salarial dos servidores e os prestadores de serviços simultaneamente. “Se pagarmos as duas folhas no mesmo mês, ficamos sem condições de manter a saúde e outras despesas essenciais. O orçamento não comporta essa demanda”, afirmou.
Abilio também responsabilizou a gestão anterior por ordenar pagamentos no dia 2 de janeiro, após o término do mandato de Emanuel Pinheiro. Ele classificou a ação como irregular e prejudicial. “Precisamos contornar o caos financeiro deixado por essa medida irresponsável”, disse o prefeito.
Medidas e impactos
Com o decreto, Abilio pretende ar recursos federais e flexibilizar o uso de verbas de convênios e emendas. Ele também anunciou cortes drásticos em despesas supérfluas para reorganizar as finanças. “A situação exige cortes rápidos e eficientes para preservar o funcionamento da prefeitura”, explicou.
Apesar da crise, o prefeito descartou o escalonamento dos salários. “Não vamos dividir o pagamento dos servidores em parcelas. A folha será paga integralmente assim que tivermos o valor necessário”, garantiu.
Situação atual do caixa municipal
Abilio recebeu a prefeitura com apenas R$ 6,9 milhões em caixa, enquanto a folha salarial de dezembro somava R$ 78 milhões. Após dois dias de mandato, o saldo aumentou para R$ 26,4 milhões devido a transferências programadas. No entanto, o montante ainda é insuficiente para cobrir todas as despesas, exigindo medidas urgentes.
A decisão foi motivada pela falta de recursos no caixa municipal, herdada da gestão anterior, e pela impossibilidade de pagar tanto a folha salarial quanto os prestadores de serviços.
O decreto facilita o o a recursos federais, convênios e emendas, além de flexibilizar o uso das verbas para reorganizar as finanças do município.
O prefeito descartou o escalonamento do pagamento dos salários e prometeu pagar integralmente assim que houver recursos suficientes.