Durante a aproximação para o pouso em Aracaju (SE), o comandante Rogério Mercaldi registrou um momento que uniu emoção e surpresa. Ao atravessar uma espessa camada de nuvens, a aeronave revelou um céu claro e deslumbrante — mas o mais curioso é que, até aquele instante, os pilotos não viam absolutamente nada à frente.
Apesar disso, o voo transcorreu com total segurança. Isso porque, mesmo em situações de visibilidade zero, os pilotos seguem regras rigorosas chamadas IFR (Instrument Flight Rules). Com esse sistema, a navegação aérea a a depender exclusivamente de instrumentos, sensores e sinais eletrônicos. Dessa forma, o avião se orienta com base em dados — e não em paisagens.
Tecnologia assume o controle quando a natureza limita a visão
Nos momentos em que as condições climáticas impedem a visão externa, o sistema ILS (Instrument Landing System) entra em ação. Ele envia sinais de rádio da pista para a aeronave, indicando exatamente o caminho que ela deve seguir. Assim, mesmo envolto por nuvens, o avião consegue alinhar-se com a pista e executar o pouso com extrema precisão.
Além disso, aeronaves modernas contam com piloto automático avançado, que pode realizar grande parte do voo — e até o pouso — sem interferência humana. Enquanto os sistemas operam, os pilotos monitoram em tempo real cada etapa do processo, prontos para agir caso surja qualquer anomalia. Isso garante segurança mesmo nas condições mais desafiadoras.
Entre o céu e os dados: a fusão entre poesia e engenharia
O vídeo compartilhado por Mercaldi rapidamente se espalhou nas redes sociais e chamou atenção de especialistas. Não apenas pela paisagem celestial, mas também pelo que ela simboliza: a união entre a beleza da natureza e o rigor da engenharia aeronáutica. Inclusive, escolas de aviação já utilizam esse registro como exemplo de como a confiança nos instrumentos é vital na rotina da aviação.
Por fim, esse episódio evidencia algo fascinante: embora o céu encante os olhos, é a ciência que segura o manche. Enquanto os ageiros contemplam as nuvens se dissipando, a cabine opera como um centro de dados em ação. A segurança não vem da visão, mas da exatidão com que máquinas e pilotos trabalham juntos.
Perguntas frequentes
Ele segue sinais eletrônicos de sistemas como o ILS, que guiam o avião até a pista.
Sim. Com a ajuda de sistemas automáticos e radares, alguns aviões pousam sozinhos.
A aviação trabalha com redundância: sensores e sistemas duplicados garantem segurança mesmo em casos de falha.